Aécio Neves: um dos mais afetados na nova safra de
revelações da Odebrecht (Cristiano Mariz/VEJA
Em acordo de delação, Marcelo Odebrecht e executivo da
empresa afirmaram que senador tucano recebeu 'vantagens indevidas'
VEJA Online - Por Daniel Pereira
Marcelo
Odebrecht e outro executivo da empresa contaram que o senador Aécio Neves,
presidente nacional do PSDB, recebeu “vantagens indevidas” em troca de
apoio a interesses da empreiteira, sobretudo no caso dos projetos das usinas
hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. Segundo o colaborador Henrique
Valladares, Aécio, identificado como “Mineirinho”, recebia mesadas que variavam
de 1 milhão de reais a 2 milhões de reais.
O teor de outro inquérito envolvendo o senador tucano
revela que, em seus acordos de colaboração, Marcelo Odebrecht e Benedicto
Júnior apresentaram provas documentais de que, em 2014, efetuaram o pagamento
de “vantagens indevidas” em benefício do senador Aécio Neves e de seus aliados
políticos. O relato foi confirmado pelo principal executivo da empreiteira em
Minas Gerais.
Alvo de cinco inquéritos, Aécio Neves também foi citado
por dois delatores, que disseram que a Odebrecht pagou, a pedido do senador,
“vantagens indevidas” travestidas de doações eleitorais à campanha ao governo
de Minas Gerais do tucano Antonio Anastasia, hoje senador. Um dos repasses foi
de cerca de 5,5 milhões de reais. Houve apresentação de prova documental,
segundo o Ministério Público.
Confira nota de posicionamento enviada pelo senador Aécio
Neves (PSDB-MG):
“Considero importante o fim do sigilo sobre o conteúdo
das delações, iniciativa solicitada por mim ao ministro Edson Fachin na semana
passada, e considero que assim será possível desmascarar as mentiras e
demonstrar a absoluta correção de minha conduta.”
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