Veja Online
O juiz Sergio Moro, responsável
pela Operação Lava Jato na
primeira instância, acenou com a possibilidade de rever a decisão que obriga o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a
comparecer aos depoimentos de 87 testemunhas arroladas por seus advogados.
A decisão, da semana
passada, foi tomada após o magistrado se irritar com o número de testemunhas
listadas pela defesa do petista. “Já que este julgador terá de ouvir oitenta e
sete testemunhas de defesa (…), além das dezenas de outras, embora em menor
número, arroladas pelos demais acusados, fica consignado que será exigida a
presença do acusado (…), a fim de prevenir a insistência na oitiva de
testemunhas irrelevantes, impertinentes ou que poderiam ser substituídas, sem
prejuízo, por provas emprestadas [de outros processos”, afirmou Moro à época.
Os advogados de Lula
protestaram dizendo que a decisão de Moro de obrigar Lula a ir a todas as
audiências era uma “arbitrariedade”, já que a defesa em um processo é um
direito e não uma obrigação – o que Moro contesta. Em razão, disso, pediram ao
juiz que revogasse a sua decisão.
Nesta segunda-feira,
Moro afirmou que a estratégia dos advogados de Lula era um “aparente abuso do
direito de defesa”, mas que estaria aberto a rever a sua decisão se a defesa do
petista revisse também o número de testemunhas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário