O Globo - Jailton de Carvalho
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu
nesta segunda-feira que plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) determine as
prisões do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado afastado
Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Os dois são acusados de corrupção passiva,
lavagem de dinheiro, obstrução de justiça e organização criminosa. Janot pede
que o plenário do STF reconsidere a decisão do ministro Edson Fachin, que rejeitou o pedido, e decrete a prisão do preventiva do
senador e do deputado.
Primeiro, Janot pede que Fachin revise a a própria
decisão. Como considera que o ministro pode não acolher o pedido, o procurador
solicita que o caso seja levado em caráter de urgência a apreciação dos 11
ministros do tribunal. Para o procurador-geral, a prisão de Aécio e de Loures é
"imprescindível para a garantia da ordem pública e da instrução
criminal".
Janot argumenta que os crimes atribuídos aos dois
parlamentares são "gravíssimos" e que, até o início da fase pública
das investigações na quinta-feira passada, os dois estavam em situação de
flagrante por crime inafiançável. O procurador-geral acrescentou ainda como
agravante o fato de que os investigados “vem adotando, constante e
reiteradamente, estratégias de obstrução de investigações da Operação Lava
Jato”.
O procurador-geral também sustenta que os dois, Aécio e
Loures, só não foram presos em flagrantes ao longo das investigações porque
estava em curso ação controlada da Polícia Federal. Durante a ação, autorizada
por Fachin, a polícia filmou um emissário do empresário Joesley Batista
repassando malas com R$ 500 mil cada a Frederico Pacheco Medeiros, primo de
Aécio, também a Loures, homem de confiança do presidente Michel Temer.
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