Já referência pela realização do Festival de Inverno, Garanhuns vai reforçar seu potencial cultural e de difusão da arte à sociedade com a mostra da 32ª Bienal de São Paulo – Itinerâncias. O recorte de um dos maiores eventos artísticos escolheu a cidade como a única de Pernambuco a receber obras de artistas nacionais e internacionais para explorar o tema “Incerteza Viva”, de 20 de julho a 22 de setembro, na Galeria de Artes Ronaldo White e no Centro de Produção de Cultural do Sesc.
A iniciativa, que será aberta ao público, também fará
parte da programação da 27ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns, já
presente no calendário da cidade. A vinda da 32ª Bienal de São Paulo, que em
2016 reuniu mais de 900 mil pessoas e 81 artistas, para o município é resultado
de uma parceria da Fundação Bienal de São Paulo com o Departamento Nacional do
Sesc. “Levar um recorte de Incerteza Viva para o interior do Estado é romper um
modelo de gestão cultural que beneficia somente o público das grandes
metrópoles. Essa parceria é um excepcional rumo à inclusão”, defende o gerente
de Cultura do Sesc Pernambuco, José Manoel Sobrinho. Além de Garanhuns, outras
cidades também estão recebendo recortes da mostra, Belo Horizonte (MG), Cuiabá
(MT), Palmas (TO), Fortaleza (CE), Bogotá (Colombia) e Porto (Portugal).
A exposição foi construída especialmente para Garanhuns e
conta novamente com a curadoria geral de Jochen Volz. Trazendo o título
“Incerteza Viva”, vai reunir trabalhos de nove artistas nacionais e mundiais.
Bárbara Wagner, Cristiano Lenhardt – que estará presente na abertura da mostra
– Ebony G. Patterson, Gilvan Samico, Jonathas de Andrade, José Bento, Leon
Hirszman, Rosa Barba e Wilma Martins serão os responsáveis por propor, por meio
de seus trabalhos, o exercício de reflexão aos visitantes. Além do público que
vai circular, o Sesc vai focar também no acesso de estudantes do município,
disponibilizando possibilidade de agendamento para escolas pelo telefone: (87)
3761-2658.
Ações formativas – Em paralelo à exposição,
Garanhuns vai sediar o Festival de Inverno de Garanhuns, reunindo atividades
formativas, com intermédio de do artista plástico, escritor, poeta e compositor
paraense Bené Fonteles. Ele trouxe a atividade “Conversas para Adiar o Fim do
Mundo”, apresentando questões também locais para o diálogo com o público.
No dia 24 de julho, ele vai participar de conversa sobre
o OcaTaperaTerreiro, projeto que desenvolveu e resultou na construção de uma
oca e que desperta reflexões sobre a vida indígena no Brasil. A sexta-feira
(25) terá atividades nos turnos da manhã, tarde e noite. A primeira será o
lançamento do livro “O Rei do Baião”, que resgata a memória do ícone musical
Luiz Gonzaga, e conversa sobre o ele com a participação de Bené, autor da obra,
e do pesquisador Paulo Vanderley. À tarde, os dois, com o pesquisador convidado
Antônio Vilela, vão comandar a conversa “Uma tarde para Dominguinhos”,
considerando o legado do artista para o Brasil. À noite, haverá exibição do
filme “Martírio”, seguida de conversa do público com o diretor, Vicent Carelli,
e com a equipe produtora do vídeo, que retrata a luta das tribos indígenas
Kaiowa e Guarani.
No sábado (26), Bené e Vicent reúnem no palco Raonny, da
tribo Funiô, Guilherme Marinho, da Xucuru e Zé Carlos, da Castainho, para
refletir sobre a vida dessa população e das comunidades quilombolas com o tema
“Urgências e poéticas políticas na questão indígena”. Por fim, a programação do
dia 27 vai trazer os cantadores e repentistas Bráulio Tavares, Adriel Luna e
Rouxinol Pereira no painel “O que sobra e o que falta na poesia - poesia é
tirar de onde não tem e botar onde não cabe.
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