A possibilidade de a Câmara dos Deputados autorizar a investigação e, consequentemente, poder afastar o presidente Michel Temer por um prazo de até 180 dias fez o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se descolar do Palácio do Planalto.
“O presidente da Câmara é presidente da Câmara, não de um
governo. Não cabe ao presidente da Casa cumprir o papel de defensor de uma
agenda porque essa não é uma agenda da Casa. Meu papel no caso da denúncia é
ser o árbitro desse jogo. Não é ser defensor de uma posição ou de outra. Não
tem como ter uma posição nem para um lado nem para outro”, disse Maia ao Estado
anteontem.
Caso Temer seja afastado, Maia assume a Presidência.
Antes disso, é preciso que a Câmara autorize abertura de processo no Supremo
Tribunal Federal (STF) e o plenário da Corte aceite a denúncia. Temer seria,
então, afastado do posto.
Aliados do presidente da Câmara têm afirmado que, se for
necessário, Maia estará preparado para uma eventual transição. Não vai, segundo
eles, agir para derrubar o presidente.
Por outro lado, Maia é alvo de inquérito sigiloso no STF
baseado em mensagens trocadas entre ele e o empresário Léo Pinheiro, dono da
OAS, sobre uma doação de campanha em 2014. Maia nega prática de qualquer
irregularidade.
Fonte: Estado de Minas
Nenhum comentário:
Postar um comentário