As buscas por vítimas do acidente da embarcação que
virou na travessia entre Mar Grande e Salvador foram retomadas na manhã
deste sábado (26), dois dias após a tragédia. A informação passada pela
Marinha, que trabalha em conjunto com o Corpo de Bombeiros. Segundo os
bombeiros, os trabalhos foram retomados com a ajuda de um software que deve
permitir uma visualização mais precisa do possível trajeto percorrido por
possíveis corpos diante da correnteza.
Ao menos 18 pessoas das 120 que viajavam na embarcação
morreram no acidente, ocorrido na quinta-feira (24). Outras 89 foram resgatadas
com vida. Até a publicação desta reportagem, nenhuma nova vítima havia sido
encontrada.
De acordo com informações da Associação dos
Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab), as travessias entre a capital e
as ilhas, que tinham sido suspensas desde o dia do acidente, foram liberadas
neste sábado pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de
Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba).
No entanto, segundo a Astramab, a viagem entre Salvador e
Mar Grande só irá voltar a funcionar na segunda-feira (28). Neste sábado, opera
apenas a viagem para Morro de São Paulo. Conforme a Astramab, a travessia terá
conexão em Ilha de Itaparica, por conta do mau tempo.
Alguns depoimentos de sobreviventes da tragédia,
colhidos na sexta-feira, apontam que houve omissão de socorro às vítimas do
acidente. A informação foi passada pelo delegado plantonista da 24ª Delegacia Territorial
(DT/Vera Cruz), Gil Félix. As denúncias estão sob investigação da Polícia
Civil. Já a Capitania dos Portos informou que não recebeu nenhuma denúncia e
desconhece essa informação.
Até a sexta-feira, a Secretaria de Segurança Pública da
Bahia (SSP-BA) tinha o registro oficial de desaparecimento de 2 pessoas
que estavam na embarcação. A SSP disse que está se baseando em relatos de 2
famílias que disseram que os parentes sumidos estavam na lancha. Além dessas 2
pessoas, faltam informações sobre outras 11 pessoas que estariam na embarcação.
A polícia tem informações de que algumas delas não tiveram ferimentos e não
chegaram a dar entrada em hospitais. Por isso, não há um número preciso de
desaparecidos.
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