BRASÍLIA – Partidos da oposição vão iniciar o dia nesta quarta-feira, 2, com uma “passeata” no Salão Verde da Câmara pedindo a saída do presidente Michel Temer. O grupo já definiu que não vai marcar presença na sessão prevista para começar às 9h da manhã destinada a votar a denúncia apresentada contra o peemedebista.
O PT, que conta com 57 deputados, ainda resiste em
abraçar a estratégia de obstruir a votação defendida por outros partidos
menores da oposição como o PSOL e a Rede. A legenda, no entanto, concordou em
não marcar presença pela manhã para testar a força do governo e verificar o
tamanho da base de Temer na Câmara.
O primeiro desafio dos que querem a permanência do
peemedebista na Presidência será colocar 257 parlamentares em plenário para
aprovar um requerimento para encurtar a discussão na Casa. Se eles conseguirem
esse número, os partidos da oposição devem fazer uma nova reunião para definir
a estratégia a ser seguida.
Há quem defenda que os deputados oposicionistas marquem
presença somente após o governo conseguir colocar no plenário o quórum mínimo
exigido para a votação, que é de 342 deputados.
Integrantes da base aliada admitem que, sem a ajuda da
oposição, não conseguirá alcançar esse número, o que poderá inviabilizar a
votação, fazendo com que a apreciação da denúncia seja adiada. O Palácio
do Planalto, no entanto, tem pressa para derrubar a denúncia e poder retomar a
agenda do governo.
Para que a Câmara autorize o Supremo Tribunal Federal
(STF) a abrir uma investigação contra Temer, o que pode levar ao afastamento do
peemedebista do cargo, é necessário o voto de de 342 dos 513 deputados.
Estadão.com
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