A Companhia Pernambucana de Saneamento – Compesa foi
autorizada pelo governador Paulo Câmara a cadastrar, na última sexta-feira
(25), 50 projetos no valor de R$ 2 bilhões para obras de saneamento em 45
municípios de Pernambuco no Programa Avançar Cidades Saneamento - Seleção 2017,
do Ministério das Cidades, com financiamento usando recursos do FGTS pela Caixa
Econômica Federal. Esse volume de recursos garantirá obras importantes de água
e esgoto, planos de saneamento, além de ações de controle e redução de perdas
para Pernambuco, nos próximos cinco anos. O governo federal irá contemplar
projetos de todo o Brasil, mas o Estado de Pernambuco propôs a maior captação
de sua história, com projetos elaborados pela Compesa que permitirão uma
contratação superior a R$ 2 bilhões. A novidade dessa seleção é que a
companhia, pela primeira vez, aparece também como órgão tomador de recursos,
com obras no valor de R$ 300 milhões. O montante restante, de R$ 1,7 bilhões,
será assumido pelo Governo do Estado.
Segundo o presidente da estatal, Roberto Tavares, esse
pleito só está sendo possível graças ao equilíbrio econômico-financeiro da
empresa, fruto de uma gestão por resultados implantada na instituição, há dez
anos. Somos uma empresa sólida e com capacidade de endividamento para tomarmos
empréstimos que serão investidos na melhoria da qualidade de vida dos
pernambucanos, afirmou ele, pontuando que a Compesa também vai assumir os juros
do financiamento pelos próximos 20 anos e também irá pagar a contrapartida
referente aos projetos no valor de R$ 300 milhões.
Das 50 propostas apresentadas por Pernambuco, 47 são do
Governo do Estado e tratam-se de obras de abastecimento de água e de
esgotamento sanitário, além de projetos de controle e redução de perdas que, no
total, somam R$ 1,7 bilhão. Algumas das prioridades do Estado são os projetos
de Melhorias dos Sistemas de Abastecimento de Água dos Morros da Zona Oeste do
Recife (R$ 180,8 milhões) e dos Morros de Jaboatão dos Guararapes (R$ 155
milhões); Implantação do Sistema de Abastecimento de Água de Aldeia (R$ 58,7
milhões); e Melhoria do Sistema de Abastecimento de Jaboatão Centro (R$ 184,5
milhões) - área que a Compesa enfrenta muitas dificuldades na distribuição de
água. Também foram apresentados os projetos para Melhoria e Ampliação do
Sistema de Abastecimento de Água de Fernando de Noronha (R$ 18,2 milhões) e
Ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário de Caruaru (R$ 117,4 milhões).
Já a Compesa, como órgão tomador de recursos, apresentou
três projetos, sendo um deles para investimentos no Controle e Redução de
Perdas, no valor de R$ 200 milhões, contemplando ações em todos os municípios
do Estado. Outro projeto proposto é para a Implantação de Esgotamento Sanitário
nos bairros do Pina, Boa Viagem e Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, orçado em
R$ 67 milhões. Para Petrolina, no Sertão do São Francisco, foi cadastrado um
projeto de Ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário do Dom Avelar e
Antônio Cassimiro (R$ 38,3 milhões).
Até o mês de novembro deste ano, o Governo Federal deve
anunciar os projetos selecionados. "Pernambuco é um dos poucos estados da
federação que tem capacidade de endividamento, apesar da grave crise econômica
que atravessamos. Estamos muito confiantes e acreditamos na qualidade dos
projetos elaborados pela Compesa. Estamos fazendo a nossa parte para que
Pernambuco possa ter um pleno desenvolvimento no saneamento básico com água
potável e esgoto tratado para toda a população", pontua o governador Paulo
Câmara. A Compesa já investiu R$ 6 bilhões em obras de água e esgoto em todo o
Estado, na última década, no entanto, ainda há uma carência muito grande de
obras para a universalização dos serviços de saneamento. Atualmente, a carteira
de investimentos da companhia é de R$ 4,4 bilhões.
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