Todos os 15 conjuntos motor-bomba que colocarão em
funcionamento as três estações elevatórias de água bruta (sistemas de
bombeamento) da Adutora do Moxotó já foram recebidos pela Companhia
Pernambucana de Saneamento (Compesa). A montagem desses equipamentos, com
capacidade entre 400 e 500 CV cada, já foi iniciada e, em breve, serão
testados. A expectativa é que a nova adutora fique pronta até o mês de dezembro
deste ano e possibilite antecipar a chegada da água do Eixo Leste da
Transposição do Rio São Francisco em nove cidades do Agreste, e Arcoverde, no
Sertão, regiões que sofrem com ciclos de seca extrema. A Adutora do Moxotó foi
a alternativa encontrada pelos técnicos da Compesa para dar
funcionalidade às tubulações já assentadas da Adutora do Agreste e abastecer a
população nessas cidades, beneficiando 400 mil pessoas.
A Adutora do Moxotó transportará uma vazão de 450 litros
de água, por segundo, para atender os municípios de Arcoverde, Pesqueira,
Alagoinha, Venturosa, Pedra, Sanharó, Belo Jardim, Tacaimbó, São Bento do Una e
São Caetano. Dez conjuntos motor-bomba já haviam sido entregues para a
companhia no início do mês, e o restante dos equipamentos chegaram hoje
(24).Essa adutora tem 70 quilômetros de extensão e está 70% concluída. “Estamos
trabalhando muito para cumprir a determinação do governador Paulo Câmara, que é
entregar a obra no final do ano”, informa o diretor Técnico e de Engenharia,
Rômulo Aurélio Souza. Ele revela que ainda existe a preocupação com o repasse
dos recursos para a finalização do empreendimento, mas que está confiante que a
água consiga chegar nas torneiras da população dentro do prazo previsto.
A Adutora do Moxotó, um investimento de R$ 85 milhões
viabilizado pelo Governo Paulo Câmara, vai permitir o abastecimento dessas dez
cidades com água da Transposição, mesmo antes da obra do Ramal do Agreste ficar
pronta - que será executada pelo governo federal. A nova adutora vai
transportar água até a Estação de Tratamento de Água (ETA), em Arcoverde,
cidade onde o sistema será interligado à Adutora do Agreste. “Os nossos
técnicos encontraram na Adutora do Moxotó a alternativa técnica mais viável
para atender à população dessas cidades que tem sofrido muito com os efeitos da
seca”, finalizou o diretor.
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