O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá
(PMDB/RR), voltou a ser hostilizado em público. Dessa vez,
Jucá foi vaiado e chamado de ladrão durante a inaguração do teatro municipal de
Boa Vista, em Roraima, no sábado (16).
Em novembro passado, Jucá foi hostilizado dentro de um
avião pela passageira Rúbia Sagaz, que o questionou sobre áudio revelado pela
Operação Lava-Jato, em maio deste ano. No grampo, Jucá sugere um pacto para
barrar a operação.
Entenda
Jucá foi citado nos depoimentos de delação premiada de
ex-diretores da empreiteira Odebrecht, no âmbito da Operação Lava-Jato.
Atendendo aos pedidos do Ministério Público, dois
inquéritos foram abertos no Supremo Tribunal Federal para investigar
exclusivamente Romero Jucá.
Em um deles, os procuradores sustentam que o
senadorr teria recebido R$ 4 milhões para atuar de acordo com os interesses da
Odebrecht no Congresso Nacional, auxiliando a aprovação de uma resolução que
reduziria a disputa fiscal entre os estados para o desembarque de mercadorias
em portos.
E um segundo inquérito, no qual são citados diversos
parlamentares que teriam atuado em favor da empresa no episódio da licitação da
Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, Jucá teria recebido, segundo o Ministério
Público, R$ 10 milhões da empreiteira e da construtora Andrade Gutierrez.
Juntamente com seu filho, Rodrigo de Holanda Menezes
Jucá, o senador é alvo de um terceiro inquérito no qual são apontadas
irregularidades com o objetivo de a Odebrecht ver aprovada outra legislação
favorável a seus interesses. Para isso, o parlamentar teria solicitado doações
a seu filho, que concorria ao cargo de vice-governador de Roraima, no valor de
R$ 150 mil.
Assista ao vídeo:
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