Os moradores da favela da Rocinha relataram pelas redes
sociais a ocorrência de um forte tiroteio já no início da manhã deste sábado,
além de falta de luz em alguns pontos da comunidade. Segundo informação da
Polícia Militar do Rio de Janeiro, policiais do Batalhão de Choque entraram em
confronto com criminosos quando faziam patrulhamento de rotina.
De acordo com a assessoria da PM, os policiais
patrulhavam a Rocinha, favela ocupada permanentemente desde setembro de 2017,
quando criminosos armados atiraram contra as equipes. A troca de tiros durou
cerca de uma hora e seis criminosos morreram. A ocorrência será registrada na
Delegacia de Homicídios.
Houve confronto na Rua 2 e na localidade “Roupa Suja”.
Após cessar a situação, seis criminosos feridos foram encontrados e socorridos
ao Hospital Municipal Miguel Couto, onde vieram a óbito, e com eles foram
apreendidos um fuzil, seis pistolas e duas granadas. O Grupamento Aeromóvel
(GAM) realiza monitoramento aéreo na região e o cerco está reforçado”, informou
a assessoria.
Nas redes sociais, moradores lamentavam mais uma dia de
violência na favela: “Infelizmente o dia começa ‘normal'”, disse conformado um
morador em uma rede social. “Que nenhum inocente seja morto, porque só por Deus
mesmo, sábado às 6 horas da manhã acordar desse jeito”, lamentou outra moradora
em uma das páginas da comunidade. “Estava vindo do trabalho agora tive que me
jogar no chão da van junto com motorista passageiros na rua os policiais dando
tiro, sensação ruim meu deus”, informou outra.
Alguns comentários citavam a morte de um soldado na
região, no dia 21 de março, que, segundo alguns moradores, teria sido o motivo
da incursão dos PMs neste sábado, em busca dos responsáveis pelo assassinato. A
PM porém não confirmou a informação. “Agora vai ser banho de sangue, dentro da
favela mataram o policial, agora os policiais estão pesados, triste só porque
quem paga mesmo são os moradores”, desabafou um dos moradores.
Outra moradora revela que está sem trabalhar desde
quinta-feira por conta dos tiroteios: “A situação está muito tensa desde
quinta. As crianças, sem aula. Todo mundo preso dentro de casa. Muito tiro,
muito. Hoje morreram seis mas não dizem quem. O dia está lindo lá fora. Meus
filhos querem ir à praia, mas como vou deixar? Ninguém pode sair para canto
nenhum. Sair para trabalhar não dá também, tem patrão que entende, mas não é
todo mundo. Tem muita polícia na rua, mas isso não garante nada”, reclama a
mulher, que tem 36 anos e três filhos menores de idade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário