O camarão e a banana produzidos no Equador chegam ao mercado brasileiro. Desde o fim de 2017, foi aberto o caminho para a importação desses itens. Para o consumidor, a boa notícia é que, com a concorrência, a tendência é de queda nos preços, que sofreram forte majoração – da ordem de 52%, segundo revendedores- após a doença da mancha branca atingir o crustáceo nacional.
Hoje a demanda brasileira por camarão é de três
a quatro vezes maior que a oferta, segundo estudo do escritório comercial da
Embaixada do Equador (Pro Ecuador). “A produção
do camarão no Brasil caiu 40% devido à doença da mancha branca que
afetou o crustáceo e a demora para essa produção ser recuperada. Então,
empresas que usam o camarão como matéria-prima foram atingidas e procuraram o
Equador para tentar estabelecer soluções”, explicou o diretor do Pro Ecuador,
Alexis Villamar.
Após as consultas feitas por grupos brasileiros, 23
empresas equatorianas de produção de camarão solicitaram ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do Brasil um
certificado para exportação. Hoje, cinco empresas já iniciaram as
exportações.
O Sudeste do Brasil já começou a receber
o camarão equatoriano, que também será enviado para o Nordeste e outras
regiões através do acordo com empresas importadoras.
Por sua vez, o ingresso da banana equatoriana
pretende ter força nos meses de entressafra no Brasil. A produção
de banana no Brasil apresenta queda nos meses de abril a junho.
Então a programação é para que o Equador supra esse mercado. O
objetivo é manter o abastecimento local com o mesmo nível de preço. A
autorização do governo brasileiro foi conferida também no fim do ano
passado.
De acordo com a Sociedade Nacional
de Agricultura (SNA), os preços do alimento devem se manter estáveis
com o ingresso da produção equatoriana. “A questão principal é que
a banana do Equador consegue ser vendida com preço mais em
conta do que a brasileira. Mas, não deve impactar o mercado do Brasil,
pois não há uma concorrência direta, já que o alimento do Equador é
de outro tipo, mais gourmet”, explanou o vice-presidente da SNA, Helio
Sirimarco, ao complementar que é preciso ficar atento para que pragas que
existem na banana do Equador não cheguem no Brasil.
Fonte: Folhape
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