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segunda-feira, 9 de abril de 2018

Brasil importa camarão e banana e preços devem ter queda



O camarão e a banana produzidos no Equador chegam ao mercado brasileiro. Desde o fim de 2017, foi aberto o caminho para a importação desses itens. Para o consumidor, a boa notícia é que, com a concorrência, a tendência é de queda nos preços, que sofreram forte majoração – da ordem de 52%, segundo revendedores- após a doença da mancha branca atingir o crustáceo nacional. 

Hoje a demanda brasileira por camarão é de três a quatro vezes maior que a oferta, segundo estudo do escritório comercial da Embaixada do Equador (Pro Ecuador). “A produção do camarão no Brasil caiu 40% devido à doença da mancha branca que afetou o crustáceo e a demora para essa produção ser recuperada. Então, empresas que usam o camarão como matéria-prima foram atingidas e procuraram o Equador para tentar estabelecer soluções”, explicou o diretor do Pro Ecuador, Alexis Villamar.

Após as consultas feitas por grupos brasileiros, 23 empresas equatorianas de produção de camarão solicitaram ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do Brasil um certificado para exportação. Hoje, cinco empresas já iniciaram as exportações.

O Sudeste do Brasil já começou a receber o camarão equatoriano, que também será enviado para o Nordeste e outras regiões através do acordo com empresas importadoras. 

Por sua vez, o ingresso da banana equatoriana pretende ter força nos meses de entressafra no Brasil. A produção de banana no Brasil apresenta queda nos meses de abril a junho. Então a programação é para que o Equador supra esse mercado. O objetivo é manter o abastecimento local com o mesmo nível de preço. A autorização do governo brasileiro foi conferida também no fim do ano passado. 

De acordo com a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), os preços do alimento devem se manter estáveis com o ingresso da produção equatoriana. “A questão principal é que a banana do Equador consegue ser vendida com preço mais em conta do que a brasileira. Mas, não deve impactar o mercado do Brasil, pois não há uma concorrência direta, já que o alimento do Equador é de outro tipo, mais gourmet”, explanou o vice-presidente da SNA, Helio Sirimarco, ao complementar que é preciso ficar atento para que pragas que existem na banana do Equador não cheguem no Brasil.

Fonte: Folhape

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