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terça-feira, 10 de abril de 2018

Tucano, prefeito de Manaus chora ao falar de prisão de Lula: "nada apaga história dele"



Arthur Virgilio, prefeito de Manaus pelo PSDB

O prefeito de Manaus e ex-líder do PSDB na Câmara durante o governo Lula, Arthur Virgílio Neto (PSDB), chorou ao comentar a prisão do ex-presidente petista durante evento estadual do PSDB no Amazonas nesta segunda-feira (9). O tucano se emocionou após uma pergunta da reportagem. Lula foi preso no último sábado (7) e está cumprindo pena em Curitiba.

Arthur Virgílio disse que "dói" ver o maior líder sindical da América Latina com o histórico de "retidão e coragem" terminar condenado e preso por corrupção.

"Tenho muita tristeza de ver aquela pessoa que teve um passado tão bonito, tão brilhante, que foi o maior líder sindical que a América Latina já produziu e essa pessoa ser condenada por uma coisa… por corrupção. Eu lamento muito. Adversário, sim. Me tratou como inimigo, foi extremamente desleal comigo na minha eleição de 2010. Mas nada disso apaga o que conheço da história dele, o que eu sei que ele fez", declarou o tucano.

Ao final da gravação da opinião dele sobre a prisão do ex-presidente, Arthur deixou escorrer lágrimas e disse: "Dói. Você me emocionou com essa pergunta", afirmou à reportagem.

"Eu tenho um pouco essa dor. De ver que uma pessoa com toda aquela coragem, com todo o passado de retidão cair nessa armadilha, nessa tentação. Não me alegra (...) Eu supunha o Lula, na  ditadura, um perseguido. Condenado por uma agressão verbal a alguém. Mas não pelo motivo que o leva à prisão: condenado por corrupção. E não me alegra  que tenha sido assim. Gostaria que tivesse outro final. Porque ele representa muita coisa para muita gente. Não é uma frustração boa para o regime democrático. É uma frustração ruim. Desejo que ele encontre paz", disse Arthur Virgílio.

O tucano acrescentou que o fato positivo na condenação de Lula, para ele, é que hoje o país tem instituições funcionando de forma "igualitária para todos".

"O Brasil está começando a fazer justiça para ricos e pobres. Poderosos e pessoas simples. No começo, pode ter um descontentamento aqui e acolá, mas, ao final, será robustecimento da nossa vida democrática", declarou. (Uol)

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