Os representantes dos sindicatos de caminhoneiros disseram
que não temem as forças de segurança. Nesta sexta-feira, 25, o presidente
Michel Temer resolveu endurecer no tratamento com os caminhoneiros que não
aceitaram o acordo negociado na véspera. O acordo previa uma trégua de 15 dias
na greve iniciada segunda-feira.
“Não somos bandidos e não estamos fazendo nada de errado.
Por isso não tememos a força nacional. Pelo contrário, eles até nos darão
segurança”, ironiza o diretor do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de
Ourinhos (SP), Ariovaldo Almeida Jr.
De acordo com o presidente do Sindicato dos
Caminhoneiros Autônomos do Estado do Rio de Janeiro, Nélio Botelho, os
profissionais estão à margem das rodovias sem obstruir o trânsito para os
carros de passeio. “Estamos exercendo o nosso direito de greve. O presidente
disse que vai desobstruir, mas não tem estrada obstruída. Nosso movimento é
pacífico”, garante o sindicalista.
“Agora se a força de segurança quiser tirar os caminhões
que estão parados sem atrapalhar a locomoção, vamos entregar as chaves e eles
podem retirar todos os veículos. São muitos caminhões”, avisa Botelho. “O
governo quer resolver o problema na base da violência. Não vamos ceder.”
O sindicalista disse que agora a pauta de reivindicações
inclui também a redução no preço do combustível para a gasolina. “Temos
recebido muito apoio da população e não podemos tratar só de um assunto
específico. Temos que incluir também a gasolina”, diz Botelho.
De acordo com ele, a pauta inicial de reivindicações
incluía a redução de impostos para todos os combustíveis. “Mas no fim
negociaram apenas para o diesel, o que não concordamos”, finaliza Botelho. (Veja)
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