Na contramão da decisão fechada pelo Centrão de fechar
apoio a Geraldo Alckmin (PSDB), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
e os presidentes do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e do Solidariedade,
deputado Paulo Pereira da Silva (SP), queriam chancelar um acordo em torno do
pré-candidato do PDT, Ciro Gomes.
Eles alegavam que o tucano não decolaria nas pesquisas de
intenção de voto e que nem mesmo chegaria ao segundo turno das eleições. A
reportagem apurou, porém, que o Palácio do Planalto fez forte pressão para que
o bloco não se unisse a Ciro. O pedetista chamou o presidente Michel Temer de
"quadrilheiro" e "ladrão" e disse que ele seria preso.
O governo ameaçou tirar cargos de quem se unisse a Ciro,
principalmente do PP, que comanda os Ministérios da Saúde, Cidades e
Agricultura - com orçamentos que, juntos, somam R$ 153 5 bilhões -, além de ter
o comando da Caixa.
Com 1% das intenções de voto, Henrique Meirelles (MDB)
também conversou nos últimos dias com integrantes do Centrão, mas não obteve
sucesso em sua ofensiva. O ex-ministro chegou a se reunir ontem com Maia.
Antes, ofereceu a vice em sua chapa a Flávio Rocha (PRB), que desistiu de se
candidatar ao Planalto. (Correio Braziliense)
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