Por Cristiano Carlos/Blog do Didi Galvão
As redes sociais são espaços muito disputados pelos
pré-candidatos à presidência nas eleições deste ano, e a criatividade em se
apresentar ao eleitor nos ambientes virtuais pode ser o diferencial para a
conquista de votos.
Todos os pré-candidatos têm páginas e perfis oficiais nas
redes, como Facebook, Twitter e Instagram. No entanto, a busca por eleitores
pode ir além das “curtidas” nos perfis sociais.
O pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, por exemplo,
lançou um aplicativo para smartphones em que o provável eleitor poderá
acompanhar os passos do pré-candidato e fazer parte de grupos exclusivos.
No entanto, a pessoa que se interessar por esse tipo de
aplicativo deve ficar atenta. O especialista em Internet e Segurança na Rede,
da Universidade de Brasília, Marcello Barra, alerta que esses aplicativos, ao
serem instalados no telefone, podem ter acesso às informações pessoais do
usuário.
Ele recomenda que o usuário interessado em baixar essas
ferramentas busque ler com atenção as normas de uso e observe se o partido do
pré-candidato deixa claro de que forma vai usar os dados dos eleitores.
“É uma ferramenta legal, bacana, mas o candidato, ao
oferecer, tem que explicitar, dizer, deixar muito evidente, e não em letras
minúsculas, letras muito pequenas, aquelas informações que estão sendo
retiradas do eleitor, do usuário e qual a finalidade. Tem que, realmente, ter o
consentimento, a aprovação de usuário em relação aquele aplicativo”,
recomendou.
Já o pré-candidato do MDB, Henrique Meirelles, aposta no
WhatsApp como ferramenta de comunicação com o eleitor. Meirelles disponibilizou
um número de telefone que permite ao usuário enviar e receber mensagens
instantâneas do ex-ministro da Fazenda.
Para Marcello Barra, o uso do WhatsApp, da forma como
Meirelles usa, é positivo porque oferece ao usuário mais liberdade e
aproximação com o candidato, diferente dos aplicativos, por exemplo.
“Do ponto de vista de quem tem recursos para fazer esse
tipo de marketing é positivo para o candidato, candidata que detém esses
recursos. Quem vai votar pode, também, usar esse número e dizer: vou usar esse
número para lhe ligar. Porque também você guarda, nesse sentido, uma maior
liberdade em relação ao candidato”, disse.
O Tribunal Superior Eleitoral regulou o uso das redes
sociais nas eleições e impôs limites que todos os candidatos devem seguir. Na
internet, as propagandas eleitorais só vão poder ser realizadas em sites
oficiais dos candidatos, partidos e coligações.
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