No segundo trimestre de 2018, faltou trabalho para 27,6
milhões de pessoas no Brasil. A chamada taxa de subutilização da força de
trabalho foi de 24,6%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (16) pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O indicador inclui os desempregados, os subocupados (que
trabalham menos de 40 horas semanais) e a força de trabalho potencial (pessoas
que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram, mas
não estavam disponíveis para trabalhar).
De acordo com o IBGE, o resultado é considerado estável em
relação ao primeiro trimestre de 2018 (24,7%) e teve alta na comparação com o
segundo trimestre de 2017 (23,8%).
Desalento recorde
O número de desalentados (que desistiram de procurar
emprego) chegou a 4,8 milhões de pessoas de 14 anos ou mais de idade, resultado
superior ao do 1º trimestre de 2018 (4,6 milhões) e do 2º trimestre de 2017 (4
milhões de pessoas). Esse foi o maior contingente de desalentados desde 2012,
quando a pesquisa começou a ser feita.
De acordo com o IBGE, a população desalentada é aquela que
está fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: "não
conseguia trabalho adequado, ou não tinha experiência ou qualificação, ou era
considerado muito jovem ou idosa, ou não havia trabalho na localidade em que
residia – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para
assumir a vaga". Ela faz parte da força de trabalho potencial.
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