O avião de reconhecimento da Rússia que desapareceu dos
radares sobre o Mediterrâneo foi derrubado pela defesa antiaérea síria,
anunciou nesta terça-feira (18), o exército russo, que acusou Israel de
bombardeios "hostis" contra a Síria e ameaçou com represálias.
"O Il-20 foi abatido por um sistema de mísseis S-200
do exército sírio na segunda-feira (17), o que provocou a morte dos 15 membros
da tripulação", anunciou o ministério russo da Defesa.
O porta-voz do exército russo, Igor Konashenkov, acusou Israel
de ser responsável pelo incidente, ao executar uma operação armada contra
Latakia, reduto na Síria do presidente Bashar al-Assad, sem ter alertado
Moscou.
"Consideramos hostis estas provocações da parte de
Israel e nos reservamos o direito de responder de maneira adequada",
advertiu.
Konashenkov afirmou que o comando militar israelense
"não informou" que executaria a operação e a anunciou Moscou menos de
um minuto antes do ataque, o que "não permitiu levar o avião Il-20 para
uma zona segura".
Também acusou os pilotos dos F-16 israelenses de
deliberadamente colocar o avião russo em perigo, ao camuflar-se em seu sinal de
radar, colocando assim o Il-20 "sob o fogo da defesa antiaérea
síria".
"Os aviões israelenses criaram deliberadamente uma
situação perigosa para os barcos e os aviões que estavam na região. O
bombardeio aconteceu perto do local em que estava a fragata francesa Auvergne e
muito perto do Il-20", prossegui.
Desaparecimento
O avião Ilushin-20 desapareceu dos radares na segunda-feira
à noite a 35 km da costa síria, durante um ataque aéreo de quatro F-16
israelenses contra infraestruturas da província síria de Latakia. (AFP)
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