O ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna,
disse hoje (21) que nove estados já pediram ajuda das Forças Armadas
para a segurança nas eleições de 2018. Segundo o ministro, a previsão de sua
pasta é que o número de pedidos possa chegar a 13 ou 14. Ele afirmou que todas
as solicitações serão atendidas. Foi o que informou o UOL.
Luna participou da 15º Conferência Internacional de
Segurança do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, e disse que um
contingente de até 30 mil militares pode ser empregado para garantir a
segurança durante o deslocamento de eleitores e de urnas eletrônicas.
"Estamos trabalhando para que a eleição transcorra em
clima de normalidade e para que as pessoas possam se deslocar para o local de
votação."
O ministro disse ainda que as Forças Armadas não têm que
aceitar ou não aceitar o resultado da eleição, mas apenas garantir que as
instituições funcionem. Ele destacou que "a Bíblia das Forças Armadas é a
Constituição Federal" e que não existe risco de os militares não
reconhecerem o resultado do pleito.
"Não há risco nenhum de as Forças Armadas quererem
aceitar ou deixar de aceitar aquilo que é legal ou institucional", disse
ele, que complementou: "Tem mais é que garantir as instituições
funcionando normalmente e, quando solicitadas, garantir a lei e a ordem".
O ministro respondeu a jornalistas sobre uma declaração dada pelo comandante do Exército,
general Eduardo Villas Boas, em entrevista ao jornal O Estado de
S. Paulo. Na entrevista, o Villas Boas afirmou que o atentado contra o
candidato Jair Bolsonaro (PSL) contribui para criar dificuldades para que o
novo governo tenha estabilidade e pode gerar até questionamentos à legitimidade
da eleição após a divulgação do resultado.
Luna e Silva disse que a fala foi conciliatória e expressa
a preocupação de todos os brasileiros de que a a eleição
deve transcorrer em clima de normalidade.
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