O registro de candidatura da ex-presidente Dilma Rousseff
(PT), que concorre ao Senado em Minas Gerais, foi deferido pelo Tribunal
Regional Eleitoral nesta segunda (17) por quatro votos a três.
O desembargador Pedro Bernardes, presidente da corte,
desempatou a favor de Dilma, que foi considerada elegível apesar de ter sofrido
um impeachment há dois anos.
A candidatura da petista foi alvo de mais de dez
questionamentos, inclusive do diretório estadual do Partido Novo e da filha do
ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB), Danielle Cunha (MDB), que concorre
a deputada federal.
O emedebista, hoje preso, foi responsável por deflagrar o
andamento do pedido de impeachment na Câmara. Os questionamentos sustentavam
que Dilma deveria ficar inelegível por oito anos, como estabelece a
Constituição nos casos de impeachment. Os senadores, na época, porém, votaram
de forma separada a cassação de Dilma e a inabilitação para o exercício da
função pública por oito anos, aprovando a primeira punição, mas não a segunda.
O Ministério Público também opinou a favor da candidatura
de Dilma, considerando que não cabe à Justiça Eleitoral rever o julgamento
feito no Senado. No TRE-MG, prevaleceu a opinião do juiz Ricardo Matos de
Oliveira, relator do caso, que também considerou válida a votação feita pelos
senadores.
Dilma lidera a corrida para o Senado em Minas com 26% das
intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha divulgada no último dia 6.
Com informações da Folhapress.
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