A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, insistiu,
em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente da
Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha continue preso preventivamente em
Curitiba, onde se encontra desde outubro de 2016.
Para Dodge, a prisão ainda é justificada para impedir que
Cunha volte a delinquir. "Imaginar que uma vida criminosa, como a do
paciente, será interrompida por mágica é algo muito pueril. Não é isso que a
realidade demonstra”, escreveu em parecer encaminhado ao ministro Edson Fachin,
relator da Lava Jato no Supremo.
“Pelo contrário, apenas a amarga, mas concretamente
necessária, medida cautelar de prisão preventiva terá o condão de preservar a
ordem pública, impedindo que o paciente, em liberdade, retome sua bem-sucedida
carreira criminosa”, afirmou Raquel Dodge.
Em agosto, ela já havia usado argumentos similares ao
recorrer de um habeas corpus concedido a Cunha pelo ministro Marco Aurélio
Mello, em outro processo, no qual o ex-deputado é investigado por desvios na
construção da Arena das Dunas, sede da Copa do Mundo de 2014 em Natal (RN).
Permanece preso por outros decretos
Mesmo com o habeas corpus concedido por Marco Aurélio,
Cunha permanece preso por pesar contra ele outros três decretos de prisão
preventiva expedidos no âmbito da Operação Lava Jato.
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