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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Incêndio atinge o Museu Nacional da UFRJ


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Um incêndio de grandes proporções atingiu neste domingo (2) o Museu Nacional da UFRJ, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Três viaturas do Corpo de Bombeiros foram enviadas ao local. O incêndio começou por volta das 19h30, por razões ainda desconhecidas, quando o museu já havia fechado ao público. Imagens publicadas nas redes sociais e transmitidas pela televisão mostram as chamas devorando todo o edifício e, junto com ele, mais de 20 milhões de itens que contam a história do Brasil.

"O maior acervo é este prédio, um palácio de 200 anos em que morou d. João 6º, d. Pedro 1º, onde foi assinada a Independência. A princesa Isabel brincava aqui, no jardim das princesas, que não está aberto ao público porque não tenho condições", disse, em maio. o diretor do museu, Alexander Kellner, 56, em entrevista à Folha de São Paulo.

Com seguidos cortes no orçamento, desde 2014 não vem recebendo a verba de R$ 520 mil anuais que bancam sua manutenção e apresenta sinais visíveis de má conservação, como paredes descascadas e fios elétricos expostos. Seu acervo, com mais de 20 milhões de itens, tem perfil acadêmico e científico, com coleções focadas em paleontologia, antropologia e etnologia biológica. Entre eles, o mais antigo fóssil humano já encontrado no Brasil, batizada de "Luzia"

Em maio, 10 de suas 30 salas de exposição estavam fechadas, incluindo algumas das mais populares, como a que guarda um esqueleto de baleia jubarte e a do Maxakalisaurus topai -o dinoprata, primeiro dinossauro de grande porte já montado no Brasil.

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Para reabrir a sala, interditada havia cinco meses após um ataque de cupins, o museu armou uma campanha de financiamento coletivo na internet -a meta era arrecadar R$ 50 mil. Menos de 1% do acervo estava exposto. Entre os principais itens, o meteorito do Bendegó, o maior já encontrado no país, e a coleção de múmias egípcias, a primeira das Américas.

Vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Museu Nacional, que completou 200 anos, era a mais antiga instituição científica do Brasil e um dos maiores museus de história natural e de antropologia das Américas. Localiza-se no interior do parque da Quinta da Boa Vista, instalado no Palácio de São Cristóvão, que serviu de residência à família real portuguesa de 1808 a 1821 e abrigou a família imperial brasileira de 1822 a 1889.

O palácio também sediou a primeira Assembléia Constituinte Republicana de 1889 a 1891, antes de ser destinado ao uso do museu, em 1892. O edifício foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1938.


Foto da fachada do Museu Nacional e seu entorno

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