A votação em cédulas de papel ainda é uma realidade para
eleitores brasileiros que moram no exterior, mas nem todos. A Justiça Eleitoral
informou que 10.698 brasileiros votarão em cédulas em 171 cidades fora do país.
O uso das urnas de lona foi opção diante das dificuldades de acesso à energia
elétrica e dos embaraços alfandegários para a entrada de equipamentos
eletrônicos.
As 64 urnas de lona (quatro delas de reserva) serão
enviadas para países da África, do Caribe, da América Central, da América do
Sul, bem como para países europeus com poucos brasileiros. O transporte de
todas as urnas ficará a cargo do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Com um total de 2.353 eleitores brasileiros aptos a participar do pleito eleitoral, a cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra é a que tem o maior colégio eleitoral entre as que farão votação manual.
Nos locais em que serão utilizadas as urnas de lona, a
apuração ficará a cargo das equipes das embaixadas, cabendo ao embaixador o
papel de juiz eleitoral. Às equipes de servidores das embaixadas serão
oferecidos treinamentos a distância para uso do equipamento.
Segurança
O secretário de Tecnologia do Tribunal Regional Eleitoral
do Distrito Federal (TRE-DF), Ricardo Negrão, disse que as urnas são
cuidadosamente checadas em quatro etapas até serem lacrada. Foram feitos
desafios para que hackers encontrem vulnerabilidades no sistema e no
equipamento.
Segundo Negrão, por meio dos desafios foi descoberto que,
ao serem apertadas, as teclas emitiam uma frequência mecânica que, captada por
microfones potentes, poderia indicar o número digitado pelo eleitor. “A solução
que encontramos foi a de blindar internamente essas teclas”.
Outra vulnerabilidade estava relacionada à possibilidade de
se identificar a sequência de votação. Segundo o secretário, foi aperfeiçoado o
algoritmo de embaralhamento de dados. “Até hoje nada mais significativo [em
termos de vulnerabilidade] foi identificado.” (Agência Brasil)
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