O Ministério Público (MP) estadual de São Paulo
abriu nessa segunda-feira uma investigação contra Geraldo Alckmin,
ex-governador e candidato ao Planalto pelo PSDB. O inquérito foi
instaurado em razão de reportagem publicado no último dia 16 do jornal Folha de
S.Paulo que apontou supostas irregularidades em dois decretos que levaram a
desapropriações envolvendo familiares do tucano.
De acordo com a reportagem, o ex-governador fez pelo menos
duas desapropriações em 2013 e 2014 que atingiram propriedades de Othon
Ribeiro, sobrinho do tucano, e de sua então mulher à época Juliana Fachada. O
objetivo era a construção de uma rodovia em São Roque, a 70 quilômetros da
capital paulista.
Othon é filho de Adhemar Ribeiro, apontado por delatores
como arrecadador de caixa 2 de campanhas do tucano. As indenizações teriam
rendido até R$ 3,8 milhões.
Alckmin tem negado as acusações sobre o caso. Ele afirma
que nunca beneficiou parentes e, em campanha na semana passada no bairro do
Campo Limpo, ele disse que os terrenos pertenciam à família de Juliana, que era
casada com Othon em regime total de separação de bens.
Em nota, a comissão executiva nacional do PSDB pediu a
apuração da conduta do promotor pela corregedoria do conselho nacional do
Ministério Público (CNMP):
“É incrível que, faltando poucos dias para o pleito
presidencial, um membro isolado do Ministério Público tome medidas dessa
natureza, baseado tão somente em notícia de um veículo de comunicação, sendo
que na própria reportagem foram prestados esclarecimentos cabais. Tal
iniciativa, que pode causar prejuízos a campanha de nosso candidato a
presidente, merece investigação da Corregedoria do Conselho Nacional do
Ministério Público, como tem feito em situações semelhantes para apurar
eventual motivação político eleitoral e abuso de autoridade”.
Fonte: O Globo
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