As linhas do tempo de usuários de Facebook amanheceram hoje
(17) com inúmeros perfis questionando uma notificação enviada massivamente. O
comunicado dizia: “Algumas de suas informações foram acessadas por um terceiro
não autorizado”. Entre as informações estavam nome, telefone, data de
nascimento e locais visitados.
As mensagens referiam-se ao maior incidente de segurança da
plataforma, com 30 milhões de pessoas atingidas. Invasores
roubaram dados pessoais, incluindo cidade natal, religião, trabalho e
pesquisas mais recentes. O megavazamento foi informado pelo Facebook no dia 28
de setembro, mas apenas em 12 de outubro a empresa atualizou os dados de
pessoas envolvidas no episódio.
O roubo de dados de dezenas de milhões de pessoas provocou
reações no Brasil. Usuários afetados criticaram a falta de segurança da
plataforma. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios abriu
inquérito para investigar quem foi atingido e quais foram os prejuízos. Entidades
da sociedade civil envolvidas com direitos digitais e dos consumidores cobraram
explicações e providências.
Segundo o vice-presidente de Gerenciamento de Produto do
Facebook, Guy Rosen, os autores do ataque exploraram a vulnerabilidade do
código da plataforma na ferramenta “Ver como”, que permite ao usuário saber
como sua página de perfil será visualizada por outras pessoas. Os invasores
roubaram tokens de acesso dos usuários, conseguindo por meio disso
roubar diversas informações.
Questionado pela Agência Brasil, o Facebook respondeu,
por meio de sua assessoria, que as informações e explicações foram as
disponibilizadas até o momento em seus canais oficiais. A empresa ainda não
comunicou quantos usuários brasileiros foram afetados, quem está por trás do
roubo e se há informações sobre o que foi feito com os dados.
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