Além de amargar o decréscimo no Fundo de Participação dos
Municípios – FPM, que já soma cerca de R$ 753.702,33 (Setecentos e cinquenta e
três mil, setecentos e dois reais de trinta e três centavos), e do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb); R$ 329.491,72 (trezentos e vinte e nove
mil, quatrocentos e noventa e um reais e setenta e dois centavos); o prefeito
de Flores, no sertão do Pajeú, Marconi Santana (PSB) foi surpreendido com a
queda do coeficiente para o repasse do FPM que saiu da tabela de 1.4, para 1.2
- que servem como base para que o Tribunal de Contas da União (TCU) calcule o
coeficiente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
O gestor municipal, que também lidera um grupo de prefeitos
na região, através do Consórcio de Integração dos Municípios do Pajeú
(CIMPAJEÚ), que esperava, agora em novembro, equilibrar as finanças do
município que administra, vai ter que apertar ainda mais os cintos para não
exceder o limite de 54% da sua Receita Corrente Líquida (RCL), que pode ser
gasto com pessoal; cumprir os 15% de investimentos na saúde e os 25% na
manutenção e no desenvolvimento da educação.
Na tabela do novo coeficiente de 1.2,k o município sofreu
- no repasse de hoje - uma perda no FPM de mais de R$ 90 mil, na saúde
mais de R$ 21 mil e no FUNDEB, mais de R$ 28 mil.
Segundo a Confederação Nacional dos municípios são 135
localidades impactadas com redução do coeficiente e 105 com aumento.
Recentemente, em Brasília, o líder municipalista defendeu
em Brasília que o rateio do FPM, não só atendesse o critério populacional, como
também, territorial.
“Os municípios precisam manter investimentos no transporte
de escolares, enfermos, equipes médicas, dentre outros, embora em alguns, isso
possa ser efetivado em pequenos percursos graças as suas poucas dimensões
territoriais, enquanto outros necessitam de um dispêndio financeiro maior em
razão de sua maior extensão territorial, como é o caso de Flores, que tem uma
área de mais 950 km² e está dentro do mesmo coeficiente do FPM, de municípios
com semelhança na questão da densidade populacional, porém com uma área
territorial muito menor”, lamentou o gestor.
Atônito com a nova realidade financeira do município,
Marconi Santana que vem alertando os munícipes, quanto aos cortes iniciais do
FPM, com início em setembro e volta a explicar aos moradores que os recursos
provenientes do governo federal é a principal receita para tocar os serviços
essenciais, pagar fornecedores e honrar com o pagamento com o pagamento da
folha de pessoal.
Marconi ainda ressalta que já assinou um decreto, onde
reduziu o seu próprio salário e dos secretários municipais em 30% e que novas
medidas serão tomadas, quanto à nova realidade financeira do município.
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