A Secretaria Estadual de Saúde (SES) garante que, em
Pernambuco, entre todas as crianças que tiveram o diagnóstico confirmado de
síndrome congênita do zika, 96% estão inseridas na rede de reabilitação, que
conta com profissionais das áreas de fonoaudiologia, fisioterapia e terapia
ocupacional. Os pacientes que permanecem sem acompanhamento para estimulação,
diz o governo, são aqueles que não apresentam alteração no desenvolvimento e
outros que foram morar fora do Estado. Foi o que informou o NE10.
A SES ainda salienta que, em 2015, quando foi detectada a
mudança de padrão na ocorrência da microcefalia, apenas duas instituições
atendiam as crianças com essa malformação congênita em Pernambuco. “Hoje, 32
unidades, distribuídas por todo o território, já oferecem a assistência, sendo
25 com serviços específicos de reabilitação, com pelo menos uma em cada uma das
12 Regionais da Saúde do Estado. Ao todo, mais de 1,7 mil consultas mensais são
ofertadas. Vale destacar que todas as equipes dos serviços de referência
receberam capacitação para prestar esse tipo de assistência”, informa, em nota,
a secretaria.
A pasta reforça que está atenta ao desenvolvimento das
crianças afetadas pelo zika e que, a partir do surgimento de necessidades, tem
atuado para garantir tratamento específico aos pacientes. “Dessa forma, o
Estado já oferta a especialidade de gastropediatria, a realização de cirurgias
ortopédicas específicas, a distribuição de medicamento para evitar crises
convulsivas e a oferta de tratamento com Botox (marca de toxina botulínica tipo
A que ganhou popularidade, no ano 2000, para o tratamento das rugas de
expressão) para os pacientes que apresentam rigidez muscular.”
Ainda em nota, o governo reconhece a importância de um
trabalho permanente, mesmo diante da redução no número de casos de zika, “para
se avançar na eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, freando um
novo surto de casos provocados pelo vírus”. Além disso, de acordo com a SES, as
ações também continuam a priorizar a assistência para acompanhar a evolução das
crianças com a síndrome e as novas necessidades que possivelmente possam ser
colocadas pelas famílias.
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