O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, está muito
preocupado com a decisão de Cuba de abandonar o Programa Mais Médicos, por não
aceitar as imposições do presidente eleito Jair Bolsonaro para a parceria
prosseguir. Segundo o site Farol de Notícias, Duque afirmou que a “população
ficará desassistida por uma decisão ideológica de um presidente que não está
pensando no povo e quer fazer proselitismo político em cima da saúde da
população.
Ele informou que, sem os cubanos, cinco postos de saúde de
Serra Talhada praticamente fecharão as portas, deixando 20 mil cidadãos sem
atendimento médico. “Será uma tragédia pra saúde. Vão piorar muito os
indicadores da saúde. Para se ter uma ideia, esse ano eu só consegui fechar
todas as unidades de saúde em julho, porque estava faltando médico”, disse.
O gestor ainda afirmou que a Associação Brasileira de
Médicos (ABM) comemorou a decisão de Cuba porque deseja que as pessoas paguem
pelas consultas. “Isso vai piorar muito a saúde do povo trabalhador. Quem pode
pagar uma consulta, tudo bem, mas é o que a ABM quer. Medicina paga, dinheiro!
Ou seja, é uma tragédia que a gente vai viver”, alertou.
Luciano Duque ainda citou as dificuldades que os prefeitos
enfrentam para conseguir médicos, porque não existem profissionais disponíveis
no mercado. “Não tem médico para contratar”, lamentou.
Na última quarta-feira, 14, o Ministério da Saúde de Cuba
anunciou que vai sair do Programa Mais Médicos, criado em 2013 na gestão de
Dilma Rousseff, por discordar de posicionamentos do presidente eleito Jair
Bolsonaro em relação aos profissionais cubanos. (Blog Alvinho Patriota)
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