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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Ala tucana defende expulsão de filiados do PSDB que ocuparem cargos no governo Bolsonaro


Danilo Forte (PSDB-CE), durante audiência na Câmara: deputado foi convidado para o governo Bolsonaro — Foto: Luís Macedo/Câmara dos Deputados

O convite do futuro governo de Jair Bolsonaro a dois tucanos abriu uma discussão no PSDB sobre a expulsão de quem aceitar cargos na gestão que assume em janeiro. Integrantes da legenda que defendem um distanciamento do novo governo querem a saída do partido dos tucanos "adesistas". A bancada do PSDB na Câmara se encontra nesta quarta-feira (5) à tarde com Bolsonaro, mas a retórica oficial é a de que a legenda apoiará as reformas, mas não terá cargos – em convergência com os discursos feitos pelo MDB e PRB, que também se encontraram na terça (4) com o presidente eleito.

O deputado Danilo Forte (CE), que não se reelegeu, e Mayra Pinheiro, ex-candidata ao Senado pelo Ceará e que também não foi eleita, foram convidados para cargos no segundo escalão do governo Bolsonaro. O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), chamou Forte para atuar numa das coordenadorias que serão ocupadas por ex-parlamentares para fazer a articulação com o Congresso. Aliados de Forte chegaram a divulgar que ele ocuparia o setor responsável pela interlocução com o Nordeste, o que foi negado por Lorenzoni, depois que caiu mal no PSL a indicação – Forte já foi do MDB e PSB e presidiu a Funasa no governo Lula.

Mayra Pinheiro, médica pediatra, foi chamada para a ocupar a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde, a convite do futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS). Ela ficará responsável pela gestão do Mais Médicos.

O ex-candidato ao governo do Ceará pelo PSDB, General Theophilo, também foi convidado por Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, para ocupar a Secretaria Nacional de Segurança Pública, mas ele se desfiliou do partido.

O senador Tasso Jereissati (CE) é um dos que defendem nos bastidores o desligamento desses tucanos, mas o PSDB está dividido em relação à questão. Os três convidados para os cargos são do Ceará, estado que tem como principal liderança tucana Jereissati, que foi governador cearense duas vezes. Foi o que informou o G1.

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