Nesta segunda-feira, o Goiás foi pego de surpresa com uma
acusação de utilização irregular do lateral Ernandes Dias Luz, na última
temporada. Segundo informações do repórter Pedro Orioli, da Rádio Central AM
Campinas, o clube do Centro-Oeste teria registrado e utilizado o lateral
esquerdo Ernandes Dias Luz de forma irregular na disputa da Série B neste ano
em 31 partidas. Ele teria duas certidões de nascimento: uma original, que data
de 11 de novembro de 1985 e outra, de dois anos depois, de 11 de novembro de 87
data em que o atleta foi registrado pela equipe e no BID da CBF. Assim, ele
teria 33 anos e não 31 como aponta o próprio site do Goiás.
Segundo o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), a
infração está descrita no Artigo 214, que diz: “incluir na equipe, ou fazer
constar da súmula ou documento equivalente, atleta em situação irregular para
participar de partida, prova ou equivalente” acarreta na “perda do número
máximo de pontos atribuídos a uma vitória independentemente do resultado da
partida”, e multa de 100 reais a 100.000 reais.
“Para os fins deste artigo, não serão computados os pontos
eventualmente obtidos pelo infrator. O resultado da partida, prova ou
equivalente será mantido, mas à entidade infratora não serão computados
eventuais critérios de desempate que lhe beneficiem, constantes do regulamento
da competição, como, entre outros, o registro da vitória ou de pontos
marcados”, acrescenta o artigo.
O caso poderia beneficiar dois clubes da Série B do
Campeonato Brasileiro: Ponte Preta e Paysandu. Quinta colocada na Série B, a
Ponte terminou o campeonato empatada em números de pontos com o Goiás, quarto
colocado, mas atrás pelo número de vitórias: 18, contra 16. Assim, caso a
irregularidade se confirme e haja punição pelo STJD, o time de Campinas
garantiria o acesso à Série A.
No caso do Paysandu, a equipe terminou na 17ª posição, com
43 pontos e caso o Goiás perca os pontos disputados com Ernandes em campo, o
clube entraria na zona de rebaixamento e consequentemente seria rebaixado para
a Série C, mantendo o clube paraense na segunda divisão. Foi o que informou a Veja.
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