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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Caminhoneiros seguem divididos quanto à paralisação após decisão do STF

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Estadão Conteúdo

Com intensas conversas nos grupos de WhatsApp, caminhoneiros de todo o País seguem divididos quanto a uma nova paralisação, em reação à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux de suspender a aplicação de multas pelo descumprimento dos preços mínimos do frete rodoviário até que a corte decida sobre a constitucionalidade do tabelamento - o que não tem data para ocorrer. Há muita insatisfação na base, e as lideranças tentam conter o movimento.

"A greve não está fora do radar, mas é o último recurso", disse hoje o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ijuí (RS), Carlos Alberto Litti Dahmer. "O movimento está bem dividido entre os que querem um confronto direto com o STF e os que acham que ainda tem espaço para avançar pela negociação."

"Ainda não está descartada a paralisação", informou Alexandre Fróes, de Santa Catarina. "Estamos em conversa direta com o futuro ministro (da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas) e com o capitão (o presidente eleito, Jair Bolsonaro)."

O impulso de iniciar uma nova paralisação, que ganhou corpo ao longo da última sexta-feira, parece ter perdido força com movimentos ocorridos em Brasília. O diálogo com a equipe de transição e a promessa da Advocacia Geral da União (AGU), formalizada na noite de ontem, de recorrer da decisão de Fux, deram munição às lideranças para conter os ânimos mais acirrados.

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