Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Estadão Conteúdo
Com intensas conversas nos grupos de WhatsApp,
caminhoneiros de todo o País seguem divididos quanto a uma nova paralisação, em
reação à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux de
suspender a aplicação de multas pelo descumprimento dos preços mínimos do frete
rodoviário até que a corte decida sobre a constitucionalidade do tabelamento -
o que não tem data para ocorrer. Há muita insatisfação na base, e as lideranças
tentam conter o movimento.
"A greve não está fora do radar, mas é o último recurso",
disse hoje o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga
(Sinditac) de Ijuí (RS), Carlos Alberto Litti Dahmer. "O movimento está
bem dividido entre os que querem um confronto direto com o STF e os que acham
que ainda tem espaço para avançar pela negociação."
"Ainda não está descartada a paralisação",
informou Alexandre Fróes, de Santa Catarina. "Estamos em conversa direta
com o futuro ministro (da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas) e com o
capitão (o presidente eleito, Jair Bolsonaro)."
O impulso de iniciar uma nova paralisação, que ganhou corpo
ao longo da última sexta-feira, parece ter perdido força com movimentos
ocorridos em Brasília. O diálogo com a equipe de transição e a promessa da
Advocacia Geral da União (AGU), formalizada na noite de ontem, de recorrer da
decisão de Fux, deram munição às lideranças para conter os ânimos mais
acirrados.
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