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sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Centrais sindicais repudiam anúncio de fim do Ministério do Trabalho


Por: AE

Cinco das principais centrais sindicais do País manifestaram nesta quarta-feira (5) repúdio ao anúncio, pela equipe de transição do governo de Jair Bolsonaro, da extinção do Ministério do Trabalho (MT). Em nota conjunta, antecipada ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, disseram que o fim da pasta "é preocupante". "Para a classe trabalhadora, isto representará um retrocesso político que vai resultar em enormes prejuízos aos trabalhadores da ativa, aos aposentados e aos pensionistas", afirmaram. 

A fiscalização do trabalho em condição análoga à escravidão, liderada pelo MT, foi lembrada, assim como a definição de medidas para prevenir acidentes de trabalho. "A importância e a relevância política do MT são inquestionáveis", reforçaram.

Para os sindicalistas, a possibilidade de transferência do registro sindical para o Ministério da Justiça "tem o claro propósito de criminalizar a ação sindical". "O Brasil precisa de um Ministério do Trabalho técnico, forte, parceiro e protagonista na luta contra a recessão e pela retomada do crescimento econômico do País, com respeito aos direitos sociais previdenciários e trabalhistas da classe trabalhadora, geração de empregos, distribuição de renda e inclusão social", disse a nota. 

A declaração recente do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de que "é horrível ser patrão no Brasil" foi criticada. "Reflete sua falta de consideração e demonstra total desconhecimento da situação causada pela reforma trabalhista, que resultou em perda de direitos e não gerou empregos no País", argumentaram as centrais sindicais. "É lamentável que, em uma nação com 13 milhões de desempregados, o presidente eleito faça tal declaração para agradar apenas aos empresários, que financiaram e apoiaram sua eleição."

Assinaram a nota a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a Central dos Trabalhadores Brasileiros (CTB) e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST).

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