Quatro médicas que atendiam a população de Nova Odessa (SP)
pelo programa Mais Médicos protocolaram na quinta-feira pedidos de refúgio no
Brasil. As profissionais não cumpriram a convocação de Cuba para retornar à
ilha e, lá, são consideradas desertoras.
Segundo o presidente da subsecção local da Ordem dos
Advogados do Brasil, sem apoio das prefeituras onde trabalharam, esses médicos
estão batendo às portas da OAB para pedir ajuda. "Algumas cidades fizeram
jantares de despedida para os cubanos, disseram que iam apoiar, mas viraram as
costas para aqueles que ficaram aqui. Mesmo os que constituíram família não
podem exercer a profissão porque não estão sendo readmitidos no Mais Médicos e
não têm sequer Carteira de Trabalho para tentar outro ofício", disse Alessandre
Pimentel.
Das oito cubanas que atendiam nas Unidades Básicas de Saúde
(UBSs) de Nova Odessa, cinco decidiram ficar no País, mas só uma se casou e
regularizou a situação de permanência. Para não serem consideradas
clandestinas, a OAB encaminhou os pedidos de refúgio das outras quatro à
Polícia Federal, em Piracicaba (SP). "Se forem para Cuba, vão sofrer
retaliações. Há orientação do governo cubano de que o médico chamado de volta
que não atende à convocação fica oito anos proibido de entrar em Cuba. As
autoridades cubanas consideram-nos desertores." (Estadão Conteúdo)
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