Em missão oficial para participar da última reunião do
Parlasul (Parlamento do Mercosul) de 2018, o líder da Oposição ao governo Temer
no Senado, Humberto Costa (PT-PE), lamentou que, no dia em que o mundo celebra
os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Brasil enterra dois
militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), brutalmente
assassinados no último sábado.
O sepultamento de Rodrigo Celestino e José Bernardo da
Silva, mortos a tiros em um acampamento em Alhandra (PB), ocorreu na manhã
desta segunda-feira (10). Para Humberto, os dois integrantes do MST
participaram, ao longa da vida, de uma luta pacífica para viabilizar a reforma
agrária no Brasil, e não mereciam esse desfecho trágico.
“E o mais grave: o governo Bolsonaro, que já prometeu
fuzilar a petralhada e expulsar os vermelhos do país, dá claros sinais de que a
violência no campo vai continuar. Ontem, ele indicou para o Ministério do Meio
Ambiente o senhor Ricardo Salles, ex-secretário do tema em São Paulo acusado de
fraudar mapas do Tietê e que defende abertamente o fuzilamento de integrantes
do MST”, afirmou Humberto.
De acordo com o senador, diante do cenário trágico que se
desenha, esta segunda-feira é dia de reafirmar o compromisso e luta contra a violência
no campo. Militante dos direitos humanos desde que iniciou a carreira na
política, ele acredita que a resistência às nefastas medidas que poderão ser
tomadas pelo novo governo será intensa.
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