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O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou nesta terça-feira (25) que seu futuro ministro da Ciência e Tecnologia, o astronauta Marcos Pontes, irá a Israel, no próximo mês, para visitar "instalações de dessalinização" de água. "Ainda em janeiro", Bolsonaro prometeu construir "instalação piloto para retirar água salobra de poço, dessalinizar, armazenar e distribuir (água) para agricultura familiar", como solução para acabar com a seca no Nordeste.
A tecnologia, que o novo presidente acredita ser
"inédita", existe no Brasil há pelo menos 14 anos. É o Programa Água
Doce (PAD), concebido em 2003 e lançado em 2004, durante o governo do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É coordenado pelo Ministério do Meio
Ambiente (MMA) em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e
da sociedade civil.
Segundo o MMA, com 482 obras já concluídas, o programa
já levou água potável para 170 municípios do Semiárido. Outras 700 obras do PAD
já foram contratadas e 48 estão em fase de implementação. A meta para 2018 é
atingir 1.200 sistemas de dessalinização.
Com investimento previsto de R$ 258 milhões, o PAD
estabeleceu convênios com nove estados da região Nordeste, além de Minas
Gerais, e deve beneficiar cerca de 500 mil pessoas.
Desde 2017, o drama da seca no nordeste também vem sendo
mitigado pelas obras da transposição do Rio São Francisco, quando foi inaugurado
o Eixo Leste, levando água do Velho Chico para 168 municípios
dos estados de Pernambuco e Paraíba. As obras da transposição foram iniciadas
em 2005, também durante o governo Lula.
Ainda em dezembro, as águas do São Francisco devem chegar
ao Ceará, integrando o Cinturão das Águas do Ceará (CAC), com a
inauguração do trecho da transposição que vai da cidade pernambucana de Salgueiro
à cearense Jati. Quando concluídas, as obras da transposição deverão beneficiar
cerca de 12 milhões de habitantes do Semiárido. Texto: Rede Brasil Atual
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