O mês de dezembro começou com chuvas fortes no Sertão
pernambucano. O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu um alerta de chuvas
intensas para a região do Araripe e do Pajeú, com possibilidade de ventanias,
quedas de árvores e descargas elétricas. Embora os meteorologistas digam que é
comum ocorrer grandes precipitações na região “de uma só vez”, há quem acredite
que a abundância de água é sinal de fartura no fim de ano. De acordo com a
Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), a tendência é de que as nuvens
se dissipem em três dias.
Em Petrolina, a 712 km do Recife, onde choveu 37,7mm em 24 horas mais do que toda a precipitação prevista para o mês, foram registradas diversas ocorrências, como alagamentos de ruas, queda de árvores sobre veículos e muitas pessoas desabrigadas. Em Moreilândia (região do Araripe) e Cabrobó, nos últimos cinco dias choveu 20% a mais do que o dobro previsto para dezembro.
“Dois sistemas meteorológicos estão provocando essas fortes
chuvas no Sertão do estado. O primeiro é uma zona de convergência do Atlântico
Sul, que forma um corredor de umidade da Amazônia até o oceano. Ele dura de
seis a oito dias (o registro inicial de chuvas intensas foi no dia 1º de
dezembro). O outro é o vórtice ciclônico de altos níveis formado em
consequência do primeiro, que tem duração de cinco a sete dias. Uma das
características deles é que as chuvas não são contínuas, mas em formato de
pancadas. Também formam nuvens intensas (altas e escuras), que ficam bastante
carregada no fim da tarde/início da noite”, explicou o meteorologista da Apac,
Thiago do Vale. A informação é do Diário de Pernambuco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário