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O Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes de Cultura
dos Estados lançou, na manhã da segunda-feira (3), uma carta aberta intitulada
"Fica, MinC! Em defesa da permanência do Ministério da Cultura". O
manifesto versa sobre o cenário que o Brasil tem vivido nos últimos tempos e o
anúncio da extinção do Ministério da Cultura (MinC) defendido pelo presidente
eleito Jair Bolsonaro (PSL). A carta foi assinada por 20 Estados e o Distrito
Federal. Entre eles, Pernambuco foi representado por Antonieta Trindade, atual
secretária de cultura de Pernambuco. A entidade é presidida, atualmente, pelo
secretário da Cultura do Estado do Ceará, Fabiano dos Santos Piúba.
Entre os pontos levantados no manifesto, vale ressaltar a
importância econômica no MiniC no país. "No Brasil, o setor cultural gera
2,7% do PIB e mais de um milhão de empregos diretos, englobando as mais de 200
mil empresas e instituições públicas e privadas. São números superiores a
muitos outros setores tradicionais da economia nacional. E a tendência é de
contínuo crescimento", diz a carta. "Lembrando ainda que a Lei
Rouanet, hoje tão injusta e equivocadamente atacada, representa apenas 0,3% do
total de renúncia fiscal da União e incentiva milhares de projetos em todo o país
que geram renda e empregos", defendem.
Relembre o caso
"Nós vamos extinguir o Ministério da Cultura e teremos
apenas uma secretaria para tratar do assunto. Hoje em dia, o Ministério da
Cultura é apenas centro de negociações da Lei Rouanet". A frase dita por
Bolsonaro ameaçava o Ministério de Cultura antes mesmo que a eleição estivesse
ganha. Entre boatos sobre a possibilidade de anunciar o ator Alexandre Frota
como candidato a ministro de cultura, Bolsonaro manteve o desejo de desfazer o
ministério. "Não escolhi ministro da cultura, até porque, chegando lá, nem
existirá esse Ministério, será uma secretaria dentro do Ministério da Educação",
explicou.
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