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terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Dirigentes de Cultura do Brasil se reúnem em manifesto contra extinção do Ministério


JC Online

O Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes de Cultura dos Estados lançou, na manhã da segunda-feira (3), uma carta aberta intitulada "Fica, MinC! Em defesa da permanência do Ministério da Cultura". O manifesto versa sobre o cenário que o Brasil tem vivido nos últimos tempos e o anúncio da extinção do Ministério da Cultura (MinC) defendido pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). A carta foi assinada por 20 Estados e o Distrito Federal. Entre eles, Pernambuco foi representado por Antonieta Trindade, atual secretária de cultura de Pernambuco. A entidade é presidida, atualmente, pelo secretário da Cultura do Estado do Ceará, Fabiano dos Santos Piúba.

Entre os pontos levantados no manifesto, vale ressaltar a importância econômica no MiniC no país. "No Brasil, o setor cultural gera 2,7% do PIB e mais de um milhão de empregos diretos, englobando as mais de 200 mil empresas e instituições públicas e privadas. São números superiores a muitos outros setores tradicionais da economia nacional. E a tendência é de contínuo crescimento", diz a carta. "Lembrando ainda que a Lei Rouanet, hoje tão injusta e equivocadamente atacada, representa apenas 0,3% do total de renúncia fiscal da União e incentiva milhares de projetos em todo o país que geram renda e empregos", defendem.

Relembre o caso

"Nós vamos extinguir o Ministério da Cultura e teremos apenas uma secretaria para tratar do assunto. Hoje em dia, o Ministério da Cultura é apenas centro de negociações da Lei Rouanet". A frase dita por Bolsonaro ameaçava o Ministério de Cultura antes mesmo que a eleição estivesse ganha. Entre boatos sobre a possibilidade de anunciar o ator Alexandre Frota como candidato a ministro de cultura, Bolsonaro manteve o desejo de desfazer o ministério. "Não escolhi ministro da cultura, até porque, chegando lá, nem existirá esse Ministério, será uma secretaria dentro do Ministério da Educação", explicou.

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