Crítico da reforma trabalhista de Temer, que precarizou os
empregos dos brasileiros e agravou o mercado de trabalho no país, o líder da
Oposição ao governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), detonou, nesta
terça-feira (4), o plano de Bolsonaro de acabar com o Ministério do Trabalho e
as mentiras contadas pelo presidente eleito de que reduziria a quantidade de
ministérios de 29 para 15. Hoje, já são 22 pastas previstas no novo governo.
Para o senador, além de Bolsonaro voltar atrás, mais uma
vez, sobre a decisão de extinguir o Ministério do Trabalho, agora está claro
que áreas importantes da pasta serão distribuídas pela Esplanada. Ele acredita
que isso vai trazer prejuízos imensos às funções institucionais e à própria
interligação desses setores, que estarão agindo separadamente a partir de 1º de
janeiro, atingindo especialmente os mais jovens e o combate ao trabalho
infantil e escravo.
“Estamos diante de uma medida desastrosa para um país que
amarga 27 milhões de desempregados e subocupados. Essa extinção do Ministério
do Trabalho está em consonância com todo o projeto já iniciado no Brasil por
Temer e que será aprofundado, orgulhosamente, por Bolsonaro, a partir do ano
que vem”, declarou.
Humberto avalia que a área responsável pela emissão de
registros sindicais, por exemplo, vai para a alçada do Ministério da Justiça,
do juiz exonerado Sérgio Moro. Na visão do parlamentar, a mudança indica um
viés preocupante de subordinar atividades sindicais à jurisdição policial. Mas
ele espera que não seja mais um passo na criminalização dos movimentos sociais
e na liberdade de organização, "pauta defendida por Bolsonaro e
aliados".
Outro indicativo muito ruim, segundo o senador, vem com o
direcionamento que está sendo dado aos recursos do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS) e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), da ordem de quase
R$ 1 trilhão. O montante será destinado à gestão do Ministério da Economia.(Assessoria)
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