Estadão Conteúdo
Alvo de uma investigação de caixa dois pela
Procuradoria-Geral da República (PGR), o futuro ministro-chefe da Casa Civil,
Onyx Lorenzoni, pediu trégua à imprensa, se irritou com perguntas dos
jornalistas e abandonou uma entrevista coletiva após participar de um almoço
com empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais) nessa sexta-feira (7)
na capital paulista.
O coordenador da transição irritou-se com uma pergunta
sobre o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que
mostra movimentações financeiras suspeitas de um ex-motorista do senador eleito
Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito. Mais cedo nesta
sexta-feira, o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro
evitou comentar o relatório da Coaf, que ficará subordinado à sua Pasta.
A "trégua" de Onyx foi pedida no fim do discurso.
"Quero pedir para a imprensa que nos acompanha, por favor, uma trégua, em
nome do Brasil", disse Onyx. Os empresários aplaudiram a fala. Na
entrevista coletiva após o almoço, o futuro chefe da Casa Civil foi questionado
por jornalistas sobre qual como seria a trégua.
"Algumas áreas da imprensa brasileira abriram
francamente um terceiro turno. Temos nossas limitações, nossas dificuldades.
Vamos fazer um grande pacto. Não ganhamos carta em branco. Sabemos que temos
oposição. Temos tido todo respeito do ponto de vista do futuro do nosso País. A
partir do dia 1° de janeiro, quando o governo assumir e tiver diretriz, aí sim,
se estiver errado, critica".
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