Uma proposta de reforma da Previdência da equipe do
presidente eleito Jair Bolsonaro que inclui mudanças nas regras de
aposentadoria para servidores públicos está causando uma reação entre o
funcionalismo. Segundo o plano, ao qual o jornal O Globo teve acesso,
funcionários que ingressaram no serviço público após 2003 só poderão se
aposentar com integralidade (recebendo o último salário) e paridade (com
reajustes idênticos aos dos funcionários na ativa) caso atinjam a idade mínima
de 65 anos.
A medida já fazia parte do plano de reforma de Michel Temer
e, no Congresso, foi um dos temas que sofreram mais resistência. De acordo com
o jornal, o presidente eleito usará a bandeira de combate aos privilégios para
conseguir passar a medida.
O rombo do Regime Próprio de Previdência dos Servidores da
União (RPPS) foi de 86,34 bilhões de reais em 2017, uma alta de 11,9% em
relação ao ano anterior. Como comparação, o déficit do INSS, meio pelo qual os
trabalhadores da iniciativa privada se aposentam, foi de 182,45 bilhões de
reais no ano passado. Pouco mais do que o dobro do déficit do funcionalismo
público. Existem pouco mais de 1 milhão de servidores aposentados para 634.000
funcionários públicos na ativa. Conforme os servidores se aposentam e não há
reposição, o rombo previdenciário aumenta mais rapidamente. (Veja)
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