De acordo com o Corpo de Bombeiros, por volta das 05:30 da
manhã de hoje, 27, houve acionamento da sirene de evacuação da barragem 6, que
fica ao lado da barragem 1, que rompeu na sexta-feira, 25, iniciando a retirada
das pessoas da área, em Brumadinho, Minas Gerais. Diferentemente da barragem 1,
que possui rejeitos, a barragem 6 contém água. As áreas que as pessoas estão
sendo levadas está no Plano de Emergência da barragem.
Técnicos que estão em Brumadinho apresentaram risco
iminente de rompimento na barragem 6, que fica ao lado da barragem 1, que
rompeu na sexta-feira, 25, e, por conta disso, a sirene de evacuação soou,
orientando pessoas que deixassem suas casas. Segundo a corporação, a tropa está
em condição de iniciar a retirada das pessoas da área a qualquer momento,
somente aguardando a chegada do chefe de segurança.
Equipes de resgate do Corpo de Bombeiros retomaram neste
domingo, 27, as buscas por vítimas do rompimento de uma barragem da mineradora
Vale, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. O desastre
ocorreu na tarde de sexta, 25, e deixou dezenas de mortos e centenas de
feridos, segundo balanços divulgados por autoridades. Ainda não há informações
sobre as causas do acidente.
No sábado, 26, o presidente Jair Bolsonaro sobrevoou a
região e se reuniu com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e a
procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Bolsonaro afirmou que o governo
de Israel ofereceu ajuda para auxiliar no resgate e localização das vítimas.
Em entrevista, Raquel Dodge disse que “certamente há
culpado ou mais de um culpado” pela tragédia. A barragem da Vale era alvo de
processo aberto no ano passado pelo Ministério Público mineiro para investigar
as condições de segurança da estrutura. Em dezembro, o Conselho de Política
Ambiental de Minas aprovou licença para que a Vale ampliasse a capacidade
produtiva da Mina Jangada e do Córrego do Feijão, onde ocorreu o desastre.
No Planalto, o governo federal disse ter a intenção de
mudar o protocolo de licenciamento das barragens brasileiras. Segundo o
ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno,
é “importante e urgente” que as estruturas que oferecem mais riscos sejam
submetidas a novas vistorias.
Em Brumadinho, voluntários ajudam nas buscas aos
desaparecidos; e empresas de telefonia deverão entregar às autoridades dados
sobre os sinais de aparelhos de pessoas que estavam no local do desastre. (IstoÉ)
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