Uma explosão em uma extração clandestina de combustível no
município de Tlahuelilpan, no Estado de Hidalgo, centro do México, nesta sexta-feira,
deixou pelo menos 66 mortos e mais de 70 feridos, de acordo com as autoridades
locais. Duas horas antes da detonação, na área, localizada a pouco mais de 100
quilômetros da capital mexicana, as autoridades - que temem que o número de
vítimas aumente com o passar do tempo - souberam de um vazamento intencional de combustível.
Pouco depois das 23h (3h de Brasília), o Governo Federal
afirmou em um comunicado que quando as primeiras tropas do Exército - “em
tarefas de inspeção”, afirmou depois o ministro de Governança, Alfonso Durazo -
chegaram à região “não havia mais pessoas”. Mas com “o aumento da pressão da
tubulação, o vazamento de combustível cresceu consideravelmente e os moradores
(...) se dirigiram em grande número com baldes, galões e todo o tipo de
recipientes”. “Para evitar um confronto com a população”, prossegue o
comunicado, “os militares se retiraram”. Pouco depois a explosão ocorreu. O Executivo Federal
não informou o número de militares mobilizados no local. A petrolífera
estatal, Pemex,
fechou a tubulação por volta das 18h (22h de Brasília), quanto detectou que o
nível de pressão era inferior ao habitual.
De acordo com o depoimento do prefeito do município, Juan
Pedro Cruz, eram aproximadamente 200 pessoas tentando coletar o combustível
derramado no solo. Outras fontes elevam esse número a mil. Os policiais e
militares que tentavam isolar a área, de acordo com o relato do prefeito de
Tlahuelilpan, pediram, sem sucesso, que se retirassem do local. “Eram hordas de
pessoas que, para levar um galão de combustível, podem perder a vida”, frisou
Fayad em declarações à Foro TV. Após horas de combate contra as chamas, o
incêndio foi completamente apagado às 23h50 (3h50 de Brasília), de acordo com
informações de Durazo.
O presidente mexicano, Andrés Manuel
López Obrador, reiterou que irá “fortalecer” sua estratégia de luta contra
o roubo de combustível. “Isso infelizmente demonstra que é preciso acabar com
essa prática que causou a tragédia”, disse em Tlahuelilpan. (EL País)
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