O número de pessoas com dívidas em atraso subiu 4,41% em
2018 e atingiu 62,6 milhões, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira
(15) Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Isso significa que, no encerramento do ano
passado, cerca de 40% da população adulta estava com o nome sujo, segundo a
pesquisa.
Entre os consumidores que terminaram o ano com o nome sujo,
mais da metade (51%) tinham dívidas com bancos. No entanto, o setor que teve o
maior crescimento no número de dívidas atrasadas na comparação com 2017 foi o
de água e luz, com 14% de aumento no número de consumidores que deixaram de
pagar alguma conta no prazo.
Segundo o SPC e a CNDL, o aumento da inadimplência é
reflexo do processo ainda lento de recuperação da economia, mesmo com a redução
do desemprego. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a
taxa de desemprego caiu para 11,6% em novembro de 2018, mas a queda,
além de ser lenta, vem sendo puxada pelo aumento do número de trabalhadores
informais ou por conta própria.
Outro fator apontado pelas entidades é o aumento da
concessão de crédito em 2018. “Ampliando-se a base de crédito, amplia-se
também, em termos absolutos, o número de inadimplentes”, disseram em relatório.
O aumento da inadimplência em 2018 foi puxado pelos
consumidores com mais de 30 anos. Isso porque, entre os mais jovens, a
quantidade de pessoas com o nome sujo caiu na comparação com o ano anterior.
Segundo a pesquisa, a maior queda foi entre as pessoas com
idade entre 18 e 24 anos. Nessa faixa etária, o número de inadimplentes recuou
22%. Já o maior aumento, de 11%, foi registrado entre os consumidores com mais
de 65 anos.
Já na divisão por regiões, o Sudeste foi o que teve o maior
aumento no número de inadimplentes, com 8,44%. Na outra ponta, o Centro-Oeste
registrou queda de 1,79% na quantidade de pessoas com dívidas pendentes. (G1)
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