Editoria de Política
A deputada federal eleita Marília Arraes (PT) fez críticas,
nesta quarta-feira (2), à transferência da prerrogativa de demarcação das
terras indígenas da Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O presidente Jair Bolsonaro (PSL)
publicou uma Medida Provisória nesta terça-feira (1º) oficializando a passagem
não só da demarcação como da reforma agrária para a pasta, que será comandada
pela ex-deputada federal Tereza Cristina (DEM). A regularização das terras
quilombolas, atribuição do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra), também vai para a Agricultura.
"A cada dia fica mais evidente a grande
irresponsabilidade deste governo com o Brasil e com o povo brasileiro. Ao mesmo
tempo, suas atitudes também evidenciam a serviço de quem estão", disse
Marília Arraes em sua página do Instagram.
Marília Arraes foi a segunda deputada federal mais votada
em Pernambuco e exercerá o cargo ao lado do também deputado federal eleito
Carlos Veras (PT), únicos parlamentares pernambucanos do PT. "Estamos
preparados pra luta que haverá lá no congresso, mas precisamos de resistência
popular para vencê-la", completou a petista, na mesma postagem. Os
deputados do PT e do PSOL boicotaram a posse de Bolsonaro realizada nesta
terça-feira (1º).
Ministra nega redução
A ministra recém-empossada da Agricultura, Tereza Cristina,
negou nesta quarta (2) que a inclusão da demarcação de terras indígenas para o
rol de atribuições da sua pasta resultará na diminuição de terras demarcadas.
“De jeito nenhum, não vamos arrumar um problema que não existe”, afirmou a
ministra. “É simplesmente uma questão de organização”, disse ela a jornalistas
após tomar posse do cargo.
Segundo a ministra, o objetivo do novo governo foi reunir
todos os temas fundiários na pasta da Agricultura. “Os assuntos fundiários,
todos eles, seja o que for, estão vindo pra o Incra, toda parte, o mosaico de
todas as terras brasileiras estarão sob a atuação do Incra”, disse ela.
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