Favorito na disputa pela presidência da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ) deve enfrentar um bloco de pelo menos quatro partidos, com
candidatos diferentes, na eleição de 1º de fevereiro. O grupo pretende evitar
que Maia obtenha maioria e vença já no primeiro turno. A intenção é forçar uma
segunda rodada de votações, na qual todos se uniriam para evitar um terceiro
mandato consecutivo do deputado do DEM. Também pesa na articulação a busca por
cargos na Mesa Diretora.
A partir desta semana, Maia deve ganhar um novo
concorrente, segundo deputados ouvidos pelo Congresso em Foco: o líder do PP,
Arthur Lira (AL), tem dialogado com outros partidos, da direita à esquerda,
para oficializar sua candidatura. Nessa segunda (6), ele se reuniu com o líder
do PDT, André Figueiredo (CE), e com o líder da minoria, José Guimarães
(PT-CE). Procurado pela reportagem, Lira não atendeu às ligações para comentar
sua candidatura à presidência da Casa.
O acordo fechado por Maia com o PSL, do presidente Jair
Bolsonaro, envolvendo o comando das comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e
de Finanças e Tributação, além de cargo na Mesa, afastou da aliança com o
presidente da Câmara siglas da centro-esquerda e da esquerda, como PDT, PT e
PCdoB, que estavam em fase adiantada de negociação com ele.
Maia tem bom trânsito com partidos mais à esquerda,
inclusive o PT, e disse que gostaria de contar com o apoio da maior bancada da
nova Câmara, com 56 deputados. Na semana passada, após o anúncio do apoio do
PSL, o deputado avisou ao PSL que vai procurar o PT em busca de aliança. A
presidente do partido e deputada eleita, Gleisi Hoffmann (PR), já descartou
qualquer possibilidade de votar junto com a legenda de Bolsonaro. (CongressoemFoco)
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