O Ministério da Saúde anunciou hoje (3) a incorporação do
medicamento dicloridato de sapropterina, utilizado no tratamento da fenilcetonúria,
ao Sistema Único de Saúde (SUS). O remédio deve estar disponível na rede
pública em até 180 dias e será ofertado a mulheres que estejam em período
pré-concepcional ou em período gestacional e que tenham feito teste de
responsividade positivo ao medicamento. Foi o que informou a Agência Brasil.
De acordo com a pasta, o uso do dicloridato de sapropterina
para o tratamento da fenilcetonúria é feito de forma complementar à realização
de dieta, com restrição de alimentos como carne, ovo, trigo e feijão, além do
uso de fórmula metabólica rica em aminoácidos, vitaminas e minerais.
“Para incorporar o medicamento ao SUS, foram realizadas
discussões com profissionais da saúde e especialistas que compõem a Comissão
Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias ao SUS (Conitec)”, informou o ministério,
por meio de nota. “Além disso, também foi levado em conta as observações e
sugestões da população, sendo a maioria de pacientes e familiares dos
portadores da doença.”
A fenilcetonúria tem herança genética e faz com que o
indivíduo nasça sem uma importante enzima (fenilalanina-hidroxilase),
dificultando o trabalho do organismo na quebra adequada de moléculas de
aminoácido presente em proteínas animais e vegetais (fenilalanina-FAL). Os
altos níveis desse aminoácido e de substâncias associadas a ele, no corpo,
exercem ação tóxica em vários órgãos, especialmente no cérebro.
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