Estadão Conteúdo
Empenhado em aprovar o seu pacote anticrime no Congresso, o
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, mergulhou em articulações
políticas no seu primeiro mês na nova função. Em 30 dias no cargo, recebeu pelo
menos 21 parlamentares, além de governadores e prefeitos, de 15 partidos
diferentes.
Nas reuniões, ouviu sugestões de como tornar o texto
"palatável" e evitar novas derrotas, a exemplo de outras iniciativas
parecidas que enfrentaram resistência, como as 10 Medidas de Combate à
Corrupção. Em mais um esforço de articulação política, Moro pretende apresentar
o texto final em primeira mão ao presidente reeleito da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), em visita na casa do deputado, às 7h30. Em seguida, a um grupo de
governadores e secretários de segurança. Ainda marcará presença na primeira
sessão do ano do Congresso, às 15h .
Moro já havia telefonado parabenizando Maia pela reeleição
na Câmara e fez o mesmo com Davi Alcolumbre (DEM-AP), eleito no sábado no
Senado. A escolha do senador, aliás, foi bem-recebida no entorno do ministro,
por estar mais alinhado ao governo e, principalmente, por ele ter barrado Renan
Calheiros (MDB-AL), desafeto declarado de Moro. O ministro deve se encontrar
com Alcolumbre ainda nesta semana.
O ministro optou por deixar o projeto enxuto para facilitar
a tramitação e planeja incluir outros pontos, considerados mais polêmicos, para
uma segunda etapa. Entre eles está a criminalização do enriquecimento ilícito.
Ao todo, 42 parlamentares que vão discutir o projeto são
alvo da Lava Jato, operação da qual Moro é símbolo.
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