Natália Portinari – ÉPOCA
No primeiro mês de trabalho da Câmara dos Deputados,
novatos elevaram o tom das discussões entre esquerda e direita na tribuna e
transportaram a lógica das redes sociais para o plenário. Líderes governistas
agora orientam seus colegas a baixar o volume, para que os embates não
prejudiquem a discussão da reforma da Previdência.
Os bate-bocas foram diversos. A oposição cobrou
investigação do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) pelas movimentações
financeiras em sua conta e na de seu ex-assessor, acusou o uso de laranjas pelo
PSL nas eleições para desviar dinheiro público e discursou contra falas polêmicas
de ministros como Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e Vélez
Rodríguez (Educação) e do presidente. Deputados do PSL foram à tribuna
contestar.
Parlamentares veteranos expressaram o descontentamento com
a polarização nos discursos. Os discursos têm desviado o centro das atenções
para um embate entre PSL e PT. O primeiro partido é acusado de montar um
“laranjal” nas eleições. Os governistas dizem que o PT é que é responsável por
um “milharal” (“milhões de reais roubados com corrupção”, explica o Delegado
Waldir).
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