Os moradores de Custódia, no Sertão do
Moxotó, estão comemorando as últimas chuvas registradas na
região. A Barragem de Marrecas, em colapso desde o mês de outubro de
2018, conseguiu acumular 3% do volume total de sua
capacidade de armazenamento, o que representa cerca de 636 mil metros
cúbicos de água, de um total de 21 milhões. Com esse volume acumulado, os
técnicos da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) já estão trabalhando
para retomar a operação do Sistema Marrecas, que realiza a captação e
tratamento da água que vem dessa barragem.
Hoje, metade dos bairros do município é atendida por meio dos poços da Vila de Fátima. A outra metade, composta pelos bairros Pindoba, Cohab, Estrela do Norte, Rodoviária, Redenção e São José, é abastecida através de caminhões-pipa e caixas comunitárias, distribuídas em pontos estratégicos. Com a resposta positiva do acúmulo de água na barragem, será possível ampliar a cobertura de distribuição de água por meio da rede de abastecimento nestes bairros.
“Já estamos trabalhando para reforçar o abastecimento nestes
seis bairros até a próxima semana. Com o volume acumulado, é possível assegurar
que os moradores irão receber água nas torneiras durante quatro meses dentro do
rodízio atual, que é de dois dias com água e 24 sem”, afirmou o gerente
da Unidade de Negócios da Compesa, Denis Mendes.
Para regularizar o abastecimento de água em Custódia, o
Governo do Estado, por meio da Compesa está realizando uma obra que
irá triplicar o volume de água distribuído na cidade a partir da Transposição
do Rio São Francisco. Trata-se da Adutora de Custódia, que terá 23
quilômetros de extensão e 400 milímetros de diâmetro, construída às margens da
BR 232, e que irá interligar o Canal da Transposição até a Estação de
Tratamento de Água (ETA) da cidade. A ETA terá sua capacidade de tratamento
ampliada de 32 para 82 litros de água por segundo. A obra recebeu um
investimento de R$ 31 milhões e será concluída até o mês de abril de
2020.
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