O vírus da chikungunya pode sair das cidades para
as matas brasileiras, tornando-se silvestre e impossibilitando a erradicação da
doença no país. O alerta é de cientistas dos institutos Oswaldo Cruz e Pasteur,
na França, que tiveram artigo publicado na revista científica internacional PLOS
Neglected Tropical Diseases.
O documento foi divulgado nesta semana pela Fundação
Oswaldo Cruz, no Rio. O processo é semelhante ao da febre amarela, doença de
origem africana que se tornou endêmica no Brasil e, de tempos em tempos,
espalha-se das matas para áreas urbanas.
Na pesquisa coordenada pela Fiocruz, os cientistas
constataram que mosquitos silvestres como o Haemagogus leucocelaenus e
a Aedes terrens, comuns na América do Sul, são capazes de transmitir o
vírus da chikungunya entre três e sete dias, o que significa alto
potencial de disseminação.
Hoje, tanto a chikungunya, também de origem africana,
como a febre amarela são transmitidas no Brasil pelo mosquito Aedes
aegypti. As duas doenças provocam febres e fortes dores pelo corpo.
Nas cidades, o transmissor da chikungunya é o
mosquito Aedes aegypti, que se infecta picando uma pessoa doente e
transmitindo para outras pessoas. Na floresta africana, onde foi identificada,
os mosquitos silvestres contraem o vírus picando macacos doentes. A infecção
humana só ocorre por acidente, quando uma pessoa é picada na mata. (Agência Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário